Muitos especialistas em educação afirmam que o processo seletivo tradicional, instituído desde 1911, não avalia de forma justa os estudantes que almejam uma vaga na universidade. Pensando em propiciar um vestibular mais humano e justo, a Universidade de Brasília, em 1995, criou o Processo de Avaliação Seriada (PAS). Nessa modalidade – copiada por outras instituições superiores -, o aluno é avaliado ao final de cada ano do ensino médio, o que favorece o estudo de cada série e motiva o aluno a dedicar-se aos estudos.
Enquanto os vestibulares tradicionais cobram todo o conteúdo aprendido ao longo da vida em uma prova que, como o ENEM, possui 180 questões mais uma redação de 30 linhas, o PAS constitui-se de um caderno com 40 questões múltiplas somada a uma produção textual, uma prova para cada ano do ensino médio. O interessante, é que não se cobra “decoreba”, mas, sim, interpretação de texto e de mundo somadas a conhecimentos científicos das áreas estudadas. Dessa forma, o aluno consegue colocar em xeque o dia a dia de estudos, com análise crítica e maior proximidade com a sala de aula.
Além disso, enquanto alguns alunos podem ter sorte nos outros vestibulares ou de estudar com mais propriedade apenas no terceiro ano do ensino médio, com o PAS, ao testar os conhecimentos seriados, os alunos veem mais sentido em conteúdos de cada ano. Exemplo disso, comparado a vestibulares como da USP, desde o primeiro ano, o aluno já se vê inserido no processo, motivando-se e adotando o sentimento de responsabilidade. Esse engajamento é visível em sala de aula, onde os candidatos do PAS tornam-se mais críticos e participativos.
Assim, como essa modalidade diferenciada, o PAS é um processo interessante para aquele aluno que está no primeiro ano ou que vai ingressar no ensino médio. Não perca o período das inscrições, participe das três etapas e não desanime, caso tenha saído mal em uma das provas. As possibilidades são diversas. Afinal, a distância de Goiânia a Brasília é curta e ter mais uma chance de ingressar em uma das melhores universidades do país faz toda a diferença.
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