
O que te faz sorrir? Qual é o propósito da sua vida? Às vezes, percebemos que a vida está no “piloto automático”, ignoramos os sinais de que não estamos tão bem assim e sem perceber já estamos em uma situação de profunda depressão. Para que a sociedade possa refletir mais sobre essas doenças da alma e não interrompa precocemente a vida, desde 2015, a Organização das Nações Unidas estipulou uma data, 10 de setembro, para o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Mas a origem do Setembro Amarelo vai além de uma simples data.
Essa história é só mais uma, mas marcou profundamente famílias, amigos e os EUA. Um jovem de 17 anos, Mike, era uma pessoa agradável com todos e conhecido por ser carinhoso e pela habilidade com mecânica veicular. Ele restaurou sozinho um Mustang 68 e o pintou de amarelo. Porém, o que ninguém percebia era a imensa tristeza que Mike enfrentava, o que fez com que, silenciosamente, interrompesse a própria. Os familiares e pessoas a sua volta se perguntaram: “Por que não percebi os sinais antes?” A resposta é simples, muitas vezes escondemos o que sentimos, idealizamos um mundo nas redes sociais, subjugamos nossas fraquezas e criamos uma capa impenetrável. Some tudo isso a uma sociedade altamente ocupada com tarefas, informações, cobrança em relação ao rendimento e que ouve áudios acelerados pelo Whatsapp. Nessa via dupla, evitamos pedir ajuda, abrir-se àqueles que estão a nossa volta.
A reação dos amigos de Mike ao ocorrido foi imediata, utilizaram a cor do Mustang 68 que ele restaurou e distribuíram cartões e fitas amarelas com a frase “Se precisar, peça ajuda.” Isso não é sinal de fraqueza, pelo contrário. É preciso ser forte para reconhecer que não se está bem. O Setembro pode ser amarelo, mas o cuidado mútuo deve ser permanente. Precisamos deixar de responder automaticamente à pergunta “Como você está?” e sermos sinceros, reconhecer as fases em que não estamos tão bem. Você não negligenciará um pedido de ajuda, da mesma forma que terá a certeza de que alguém vai te ouvir.
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